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World Cup Qualifiers
7s Masculino

World Cup Qualifiers – 7s Masculino

Destino: Campeonato do Mundo de 7s na África do Sul.

Pelo caminho, três adversários: Itália, Irlanda, Polónia e Espanha.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do O

Portugal v Itália

Portugal começou o torneio de qualificação para o Campeonato do Mundo de 7s contra a Itália, umas das equipas que havia defrontado na última etapa do Rugby Europe Championship.

A equipa Italiana iniciou o encontro por cima e poderia ter marcado com apenas 30 segundos. No entanto, Portugal defendeu muito bem e conseguiu fechar bem o espaço. Com o avançar do relógio, a defesa lusitana continuava muito coesa mas o ataque precipitava-se em algumas escolhas, o que fazia com que Portugal não conseguisse criar muitas situações de perigo.

Crédito: Rugby Europe.

Quando tudo indicava que as equipas fossem para o intervalo com um empate a zero, a selecção Italiana ganhou um scrum perto da linha de 22 de Portugal que serviu de plataforma para lançar um ataque e marcar entre os postes lusos. Ensaio convertido e 0-7 ao intervalo.

A segunda parte continuou muito equilibrada e com cinco minutos por jogar, Diogo Rodrigues, com um excelente kick and chase que cobriu cerca de 30 metros no campo, quase marcou. No entanto, quem não marca, sofre e na resposta a selecção Italiana fez isso mesmo e marcou, de novo entre os postes, após correr 60 metros no campo.

Crédito: Rugby Europe.

Com 35 segundos por jogar, Portugal marcou por intermédio de Diogo Sarmento na sequência de um alinhamento cobrado de forma rápida. A bola passou por todos os jogadores e foi desde a ala esquerda até à ala direita onde o número 1 Português marcou com facilidade.

O ensaio não foi convertido e o árbitro apitou pela última vez com o marcador a mostrar: Portugal 5, Itália 14.

Crédito: Rugby Europe

Portugal v Irlanda

O segundo jogo do dia (e último do primeiro dia da competição) opôs Portugal à Irlanda, selecção que tinha vencido ambas as etapas da edição deste ano do Rugby Europe Trophy.

O jogo começou com a equipa da Irlanda a atacar mas com Portugal a defender com muita solidez e a não dar espaços. A resistência durou cerca de dois minutos quando a Irlanda recuperou uma bola no solo e marcou o primeiro ensaio da partida (não convertido).

A equipa Irlandesa jogava um rugby muito compacto e defendia muito bem, o que não dava espaço a Portugal para criar situações de perigo. A alternativa era sair a jogar com o pé mas também isto se mostrava infrutífero. Em resposta a uma destas tentativas, e com três minutos por jogar, Irlanda marcou o seu segundo ensaio.

Crédito: Rugby Europe

Com um minuto e meio para jogar na primeira parte, a Irlanda saiu a jogar dentro do seu meio-campo, com demasiada velocidade para a defesa lusa e marcou o seu terceiro ensaio. Ao intervalo, Portugal perdia 0-15.

A segunda parte começou de maneira semelhante à primeira, com a Irlanda a atacar mas Portugal a não dar espaço. Com quatro minutos para jogar, Portugal comete um knock-on e do scrum que daí resulta, a Irlanda marca o quarto ensaio do encontro e aumenta a vantagem para 0-22.

Antes do apito final, Portugal tentou chegar ao ensaio mas foi a Irlanda que ampliou a vantagem para 0-29.

Crédito: Rugby Europe

Portugal v Polónia

O jogo contra a Polónia era de particular importância para as aspirações da selecção nacional visto que uma vitória poderia colocar Portugal nos quartos de final e com um pé na África do Sul.

Ciente da responsabilidade, Portugal entrou dominante mas notava-se alguma ansiedade, especialmente quando a equipa tinha que tomar decisões no ataque. No entanto, aos dois minutos de jogo o capitão Rodrigo Freudenthal deu o exemplo e marcou o primeiro ensaio, pleno de oportunidade, ao descobrir espaço no blindside de um ruck mal protegido.

Este ensaio foi o que Portugal precisava para fazer os nervos desaparecerem e para a equipa demonstrar todo o seu potencial. Num minuto, Portugal marcou dois ensaios (Freudenthal e Paiva dos Santos) e a vantagem de Portugal aumentava para uns confortáveis 17-0 com cerca de três minutos para jogar.

Crédito: Rugby Europe

Ainda antes de intervalo, houve tempo para Rodrigo Freudenthal e Manuel Vareiro marcarem (Rodrigo Freudenthal com o terceiro da conta pessoal) e para colocar o marcador, ao intervalo, em 29-0 a favor de Portugal.

Na segunda parte, a selecção Polaca tentou ter mais bola, mas não conseguia criar perigo para a defesa lusa.

Portugal não abrandou o ritmo de jogo e, apesar de fazer descansar o sete inicial, continuou a marcar. Manuel Vareiro, António Cardoso, Frederico Couto e de novo Paiva dos Santos marcaram e establecerem o resultado final: 51 para Portugal, 0 para a Polónia.

Com esta vitória, Portugal assegurava um lugar nos quartos de final e estava a uma vitória de conseguir a qualificação para a África do Sul. O último obstáculo: Espanha.

Crédito: Rugby Europe

Portugal v Espanha

Este era um jogo decisivo e as duas equipas entraram bastante aguerridas. Os primeiros três minutos da partida foram muito físicos, com várias trocas de posse de bola, com nenhuma das equipas a fazer ganhos significativos no terreno.  

Depois desse período inicial, Portugal começou lentamente a avançar no terreno e, com dois minutos para jogar, marcou o primeiro ensaio da partida: boa circulação de bola, de ala a ala, com Diogo Rodrigues a realizar um excelente trabalho, tirando dois adversários do caminho antes de fazer um offload para Manuel Vareiro que cruzou a linha de ensaio com tranquilidade. Ensaio não convertido e Portugal adiantava-se no marcador (5-0).

Portugal continuava por cima na partida e com cerca de 40 segundos para jogar, ganhou um scrum a a meio campo. Diogo Rodrigues fez um excelente chip and chase, batendo todos os contrários em velocidade. Ao intervalo, Portugal estava na frente por 10 pontos.

Crédito: Rugby Europe

A selecção Espanhola entrou na segunda parte disposta a mudar o rumo dos acontecimentos e com menos de dois minutos jogados reduziu a diferença no marcador para cinco pontos. Um minuto depois, a situação piorou para os comandados de Frederico Sousa com Espanha a marcar o segundo ensaio e a passar para a frente do marcador (10-12).

No entanto, Portugal respondeu de imediato, recuperando de imediato a bola para mais um ensaio de Manuel Vareiro, desta feita na ala esquerda do ataque. A equipa lusitana defendia alto no campo, conquistando uma penalidade nos 22 espanhois. Após várias fases ofensivas, a bola sobrou de maneira algo estranha para Francisco Meneres que marcou e colocou o marcador em 20-12 com 35 segundos para jogar.

A equipa espanhola ainda marcou em cima do apito final mas era demasiado tarde. Portugal vencia a partida (merecidamente) e qualificava-se para o Campeonato do Mundo de 7s.

Crédito: Rugby Europe

O Linha de Ensaio falou com o capitão Rodrigo Freudenthal sobre este momento histórico:

Parabéns pela qualificação para o Campeonato do Mundo. Quais foram os sentimentos mais prevalentes quando o árbitro apitou para o fim do encontro com a Espanha?

Foi um sentimento que foi crescendo durante o jogo. A quarenta segundos do fim estavamos a ganhar por oito pontos e a esperança de conseguir a qualificação estava cada vez mais presente e apesar do ensaio Espanhol, sabiamos que íamos ganhar. Quando acabou olhámos uns para os outros e nem acreditámos no que tínhamos acabado de fazer. Ainda hoje, mais de 24h, não interiorizámos o que conseguimos alcançar.

Na última etapa do REC, falou de falta de experiência por ser uma equipa tão jovem. Que evolução notou ao longo do torneio?

Apesar de termos uma equipa ainda mais jovem (o nosso melhor marcador Manuel Vareiro tem apenas 17 anos) e apesar de termos perdido os dois jogos no primeiro dia, conseguimos gerir as expectativas e ganhar os dois jogos seguintes. Sabiamos que tinhamos que fazer um bom jogo contra a Polónia para sermos os melhores terceiros, rodámoa bastante a equipa e fomos muito confiantes para o jogo contra a Espanha.

O Campeonato do Mundo é em Setembro. Que preparação vão fazer até lá e quais as expectativas para a África do Sul?

Para já, vamos disfrutar desta vitória. Vamos descansar durante duas semanas para depois treinar em Agosto. Ainda não estamos a pensar no que vamos fazer no Campeonato do Mundo – neste momento vamos celebrar!

Crédito: Rugby Europe
Geórgia v Portugal
Portugal XV