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Portugal v Países Baixos
Portugal XV

Seleção Nacional recebeu a seleção dos Países Baixos nas Caldas das Rainha e manteve vivo o sonho de apuramento para o Campeonato do Mundo de 2023.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do Ó

O melhor: Vitória sem contestação de Portugal, com o ponto de bónus a coroar uma exibição sólida e sem hipótese para a equipa neerlandesa.

O menos bom: Os primeiros 15 minutos dos Lobos foram algo atabalhoados e com demasiados erros cometidos. A rever para o jogo contra a Espanha onde uma situação semelhante pode ser fatal.

Melhor em campo: Complicado escolher num jogo onde vários jogadores (Pedro Bettencourt, Jerónimo Portela, Dany Antunes), se exibiram a um nível bastante bom, mas a escolha do Linha de Ensaio vai para Rafael Simões. O polivalente avançado (neste jogo foi o nosso número 8) foi imperial no ar e uma presença bastante sólida, quer no capítulo defensivo, quer a atacar, com bastantes carries e metros ganhos. Teve ainda tempo para marcar dois ensaios antes do merecido descanso aos 67 minutos. Enorme.

Rafael Simões, o melhor em campo para o Linha de Ensaio. Crédito: Luis Cabelo

O selecionador Patrice Lagisquet fez várias mudanças nos 23 de Portugal para a partida contra os Países Baixos, comparativamente com os jogos contra a Geórgia (empate) e Roménia (derrota). Em relação a este último, saíram nove jogadores do XV inicial. De saudar os regressos, depois de lesão, de Anthony Alves, Nuno Sousa Guedes e Raffaele Storti (banco), jogadores que poderão ter um papel crucial nas duas partidas que faltam neste Rugby Europe Championship 2022.

As duas equipas em campo não deixaram passar em claro o tema que marca a actualidade, e uniram-se contra a invasão Russa à Ucrânia, deixando uma mensagem de apoio.

O apelo das duas equipas. Crédito: Luis Cabelo

O jogo começou com os Países Baixos ao ataque e a pressão ofensiva deu frutos com os primeiros pontos a irem para o marcador, numa penalidade marcada com sucesso por Te Campbell. Portugal tentou responder mas os Lobos pareciam querer fazer tudo ao mesmo tempo e mesmo quando conseguiam encontrar espaços na defesa dos neerlandeses, falhavam no último passe e não conseguiam cruzar com sucesso a linha de ensaio.

Quando a seleção acalmou o seu jogo e começou a cometer menos erros, a defensiva dos Países Baixos tornou-se impotente para parar o ataque nacional. O primeiro dos nove ensaios Portugueses surgiu aos 14 minutos: na sequência de uma formação ordenada nos 5m dos Países Baixos, Portugal ganha uma penalidade, Joao Belo faz um rapido tap and go, aproveitando a defesa adversária estar distraída e marcou sem oposição. Na conversão Dany Antunes (outro regresso após alguns jogos afastado dos escolhidos de Lagisquet) nao perdoou e colocou o marcador em 7-3 para a equipa da casa.

Dany Antunes. Crédito: Luis Cabelo

A partir daí, Portugal dominou a partida a seu bel-prazer. Todos os movimentos ofensivos criavam espaço na defesa neerlandesa e de cada vez que havia uma aceleração de jogo, os jogadores nacionais causavam oportunidades para marcar. Aos 23 minutos, na sequência de um maul dinâmico, o talonador Duarte Diniz marcou o segundo ensaio Português e aos 31 Pedro Bettencourt (excelente partida do número 13), tirou três defesas do caminho e marcou novamente (19-3).

A vida ficou mais complicada para os visitantes aos 37 minutos quando um dos seus jogadores viu o cartão amarelo. No minuto seguinte, Rafael Simões com uma linha muito boa marcou o quarto ensaio dos Lobos. Dany Antunes converteu e Portugal foi para os balneários a ganhar por 26-3.

Ao intervalo, Patrice Lagisquet aproveitou para fazer regressar Storti à competição (desta vez a jogar como defesa) e o jogador português foi uma constante dor de cabeça para a equipa dos Países Baixos: logo aos 42 minutos, ganhou mais de 20 metros e cria o quinto ensaio Português, marcado novamente por Rafael Simões.

Crédito: Luis Cabelo

Até ao final, os ensaios continuaram a acontecer a bom ritmo: Rodrigo Marta (46 mins), Storti (54 mins), Bettencourt (63 mins) e Dany Antunes (73 mins) marcaram, estabelecendo o resultado final nuns claros 59-3.

Esta vitória (e consequente ponto de bónus) são essenciais para as aspirações lusitanas, embora o encontro crucial desta campanha esteja marcado para o dia 13 de Março em Madrid. Com a vitória de hoje contra a Roménia, a seleção Espanhola soma 25 pontos, seguida da Roménia com 22 e Portugal com 21. Uma vitória lusitana coloca Portugal numa posição muito privilegiada para se qualificar (pelo menos) para o playoff de apuramento para o Campeonato do Mundo. Uma derrota em Madrid e é o adeus a França.

O talento está lá, a vontade também. Vamos para a frente. Juntos.  

Crédito: Luis Cabelo
Espanha v Portugal
Portugal XV