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Portugal v Austrália
World Cup

Portugal perde 14-34 na terceira partida do Campeonato do Mundo.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do O

O melhor: Mais uma boa exibição dos Lobos que melhoraram bastante nalguns pontos que tinham custados vitórias noutros encontros (scrums e mauls). Foi excelente ver Portugal a ganhar penalidades no scrum aos 70 minutos ou a ter mauls que a equipa Australiana não conseguia parar.

The best part: Another good performance from the Lobos, who improved significantly in certain areas that had cost them victories in previous matches (scrums and mauls). It was excellent to see Portugal winning scrum penalties at the 70-minute mark and having mauls that the Australian team couldn’t stop.

O menos bom: Tal como no jogo contra Gales, Portugal não conseguiu converter as várias entradas nos 22 contrários em pontos. Sim, podemos falar que os cartões amarelos mostrados aos Wallabies deviam ter sido de outra côr ou que não se percebeu porque foi anulado o ensaio a Mike Tadjer, mas no Campeonato do Mundo, a jogar contra defesas fortíssimas, é importante converter em pontos as oportunidades criadas. Se tal tivesse acontecido, talvez o desfecho final tivesse sido diferente.  

The not-so-good part: Just like in the game against Wales, Portugal couldn’t convert several entries into the opponent’s 22 into points. Yes, we can discuss whether the yellow cards shown to the Wallabies should have been a different color or why Mike Tadjer’s try was disallowed, but in the World Championship, playing against strong defenses, it’s important to convert the created opportunities into points. If that had happened, perhaps the final outcome would have been different.

Melhor em Campo: Mike Tadjer. Um jogo enorme do talonador lusitano. Acertado nos alinhamentos, impulsionador das mauls que muitas dificuldades causaram à defensiva australiana, viu ainda um ensaio (mal) anulado aos 58mins que poderia ter relançado Portugal no jogo. Fez 12 placagens acertadas (top5 por parte dos Lobos) e saiu aos 71 minutos debaixo de uma grande ovação.

Player of the match: Mike Tadjer. A tremendous game from the Portuguese hooker. Accurate in the lineouts, a driving force in the mauls that caused many difficulties for the Australian defense, and he even had a (poorly) disallowed try in the 58th minute that could have turned the game around for Portugal. He made 12 successful tackles (top 5 among the Wolves) and left the field to a great ovation at the 71st minute.

Credito: Sebãstiao Rôxo

Saint-Étienne acordou pintada de vermelho. Comboios, carros, e autocaravanas chegavam em massa a esta cidade Francesa, a menos de uma hora da magnífica Lyon. A começar no centro, passando pela rugby village, e até chegar às imediações do “caldeirão” onde se iria disputar a partida, era claro que os Portugueses iriam estar em maioria.

Saint-Étienne woke up painted in red. Trains, cars, and campervans arrived in mass to this French city, less than an hour from the magnificent Lyon. From the city center to the rugby village and all the way to the “cauldron” where the match would be played, it was clear that the Portuguese would outnumber the rest.

Fora do estádio, o ambiente era de festa e música e para o lanche, pediam-se iguarias como Bitoque de Kanguru ou Cozido de Koala. O optimismo era claro, embora houvesse a noção de que, do outro lado do campo, iria estar uma Austrália de orgulho ferido, duas vezes campeã Mundial (1991 e 1999).

Outside the stadium, the atmosphere was festive with music, and for lunch, they ordered delicacies like Kangaroo steak or Koala stew. The optimism was evident, although there was an understanding that on the other side of the field would be an Australia with wounded pride, a two-time World champion (1991 and 1999).

Dentro do estádio, o ambiente era ensurdecedor. O vermelho era a cor dominante nas bancadas e o sorriso estampado na cara dos jogadores quando tocou A Portuguesa era um reflexo dos largos milhares que cantavam até ficaram sem voz.

Inside the stadium, the atmosphere was deafening. Red was the dominant color in the stands, and the smiles on the players’ faces when the Portuguese national anthem played were a reflection of the thousands who sang until they were hoarse.

No relvado, a Austrália começou por cima, com a bola a sair muito rápido dos rucks. Portugal defendia bem mas cometeu uma penalidade no scrum que Ben Donaldson não desperdiçou (0-3 aos 4 minuntos). Portugal respondeu de imediato e ganhou 30 metros no ataque depois de uma boa jogada que, infelizmente, se perdeu pela linha lateral.

On the pitch, Australia started strong, with the ball coming out quickly from the rucks. Portugal defended well but conceded a scrum penalty that Ben Donaldson didn’t miss (0-3 at 4 minutes). Portugal responded immediately and gained 30 meters in the attack after a good move that unfortunately went out of touch.

Os adeptos não paravam de cantar e Portugal chegava aos 10mins com mais posse e território. Adivinhava-se o ensaio dos Lobos e assim foi: Excelente scrum, muita paciência nas várias fases ofensivas e com Samuel Marques a comandar muito bem as operações. Oval na direita para Pedro Bettencourt que correu 5m antes de margulhar para o primeiro ensaio dos Lobos na partida. Conversão acertada e Portugal passava para a frente do marcardos aos 13 minutos (7-3).

The fans never stopped singing, and Portugal reached the 10-minute mark with more possession and territory. A try for the Wolves was on the horizon, and it happened: an excellent scrum, a lot of patience in the various offensive phases, and with Samuel Marques leading the operations very well. The ball went to the right for Pedro Bettencourt, who ran 5 meters before diving for Portugal’s first try in the game. The conversion was successful, and Portugal took the lead at 13 minutes (7-3).

Pedro Bettencout a mergulhar para o primeio ensaio da partida. Crédito: Sebãstiao Rôxo

No entanto, foi sol de pouca dura. Na resposta, a Austrália ganhou a penalidade (com correspondente amarelo para Pedro Bettencourt) e mudou totalmente o rumo do jogo. Apesar de Ben Donaldson não ter conseguido acertar entre os postes, com menos um homem em campo, tudo se tornou mais difícil para Portugal. Os Wallabies aceleraram o jogo e marcaram três ensaios em cinco minutos (20’, 22’, 27’), colocando o marcador em 7-24.

However, it was short-lived. In response, Australia won a penalty (with a corresponding yellow card for Pedro Bettencourt) and completely changed the game’s direction. Although Ben Donaldson didn’t manage to get it between the posts, with one man down, everything became more challenging for Portugal. The Wallabies sped up the game and scored three tries in five minutes (20′, 22′, 27′), making it 7-24

Os jogadores Australianos era muito forte fisicamente e aproveitavam todos os espaços concedidos por Portugal. Os Lobos não baixaram os braços e aos 36 minutos, após uma grande jogada na esquerda, Nicolas Martins cruzou a linha de ensaio. Infelizmente, o seu joelho tocou na linha lateral antes de marcar o que quis dizer que o marcador não sofreu mais alterações até ao intervalo.

The Australian players were very physically strong and capitalized on every space given by Portugal. The Wolves didn’t give up, and at 36 minutes, after a great play on the left, Nicolas Martins crossed the try line. Unfortunately, his knee touched the touchline before he scored, which meant that the score remained unchanged until halftime.

Ao intervalo Patrrice Lagisquet trocou Thibault de Freitas por Rafael Simões e Portugal entra a jogar na metade Australiana mas, mais uma vez, sem concretizar o domínio territorial em pontos. Quem não marca, inevitavelmente sofre e foi a Austrália a voltar a marcar, desta feita no lado direito do ataque.

At halftime, Patrice Lagisquet replaced Thibault de Freitas with Rafael Simões, and Portugal started playing in the Australian half, but once again, without converting territorial dominance into points. Whoever doesn’t score inevitably suffers, and Australia scored again, this time on the right side of the attack.

Portugal continuava a viver dentro dos 22 Australianos e aos 58mins, Faessler viu um cartão amarelo. Se o “caldeirão” já estava quentinho, um minuto mais tarde entrou em ebulição quando Mike Tadjer marcou um ensaio após uma excelente maul. No entanto, o TMO anulou o ensaio (decisão also estranha). A assobiadela monumental que se seguiu ouviu-se, certamente, quase em Lisboa. Dois minutos mais tarde, outro cartão amarelo (Kerevi) para a Austrália que passou a jogar apenas com 13 jogadores. Portugal estava constantemente no ataque mas havia alguma precipitação na hora de definir o desenho ofensivo.

Portugal continued to reside within the Australian 22, and at 58 minutes, Faessler received a yellow card. If the “cauldron” was already heating up, it boiled over a minute later when Mike Tadjer scored a try after an excellent maul. However, the TMO disallowed the try (a rather strange decision). The monumental jeers that followed were probably heard almost in Lisbon. Two minutes later, another yellow card (Kerevi) for Australia, reducing them to playing with only 13 players. Portugal was constantly on the attack, but there was some rush in defining the offensive plays.

Foi preciso esperar até aos 69 minutos para que os Lobos marcassem outro ensaio. Após um scrum nos 5m, Rafael Simões mergulhou para a glória. Samuel Marques converteu e Portugal reduzia para 14-29.

t took until the 69th minute for the Wolves to score another try. After a scrum on the 5-meter line, Rafael Simões dived to glory. Samuel Marques converted, and Portugal reduced the score to 14-29.

Infelizmente, foi novamente sol de pouca dura e a Austrália voltaria a marcar aos 73mins, naquele que tenha talvez sido a sua segunda entrada nos 22 Portugueses (14-34). O resultado não mais se alteraria até ao final da partida e a margem da vitória não espelha a realidade do jogo. Portugal merecia mais mas deixou muitos pontos nos 22 da Austrália o que se revelou fatal.

Unfortunately, it was short-lived again, and Australia would score again at 73 minutes, perhaps in their second entry into the Portuguese 22 (14-34). The score remained unchanged until the end of the match, and the margin of victory didn’t reflect the reality of the game. Portugal deserved more but left many points in Australia’s 22, which proved fatal.

Para a semana há mais, naquele que será o último jogo dos Lobos no Campeonato do Mundo. Do outro lado estará a Fiji, naquele que vai certamente ser um jogo eletrizante.  

Next week, there’s more, in what will be the Lobos’ final match in the World Championship. Fiji will be on the other side, in what will surely be an electrifying game.

Crédito: Sebãstiao Rôxo
Nicolàs Martins
Entrevista