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Rugby Europe Championship
7s Masculino

7s Masculino

A primeira etapa do Men’s 7s REC teve lugar em VR de Santo António e Portugal terminou num excelente quinto lugar.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do O

Terminada a época de rugby XV, é chegada a altura da época de 7s que, este ano, pode trazer a qualificação para os Jogos Olímpicos 2024, a realizar em Paris. Nesta primeira etapa do circuito europeu, Portugal integrava a Pool A, juntamente com as seleções de Espanha, Lituânia, e Chéquia

Portugal v Lituânia

O primeiro jogo desta etapa de 7s serviu como um bom “aquecimento” para o resto do torneio. 29 pontos sem resposta, uma exibição dominadora e bons ensaios marcados. José Paiva dos Santos abriu as hostilidades logo aos 90 segundos de jogo com um bom ensaio no lado esquerdo do ataque luso com o capitão Rodrigo Freudenthal a marcar o segundo ensaio da partida. Com cinco minutos jogados, 12-0 para Portugal. Até ao intervalo, tempo para Diogo Rodrigues marcar mais um ensaio e colocar o marcador nuns confortáveis 17-0.

Portugal continuou dominante na segunda parte mas foi preciso esperar até aos seis minutos para se ver mais um ensaio, desta feita através de Manuel Marta, entre os postes. Já com o relógio no vermelho, Portugal marcou mais um ensaio e colocou o marcador nos finais 29-0.

Portugal v Chéquia

O segundo jogo do dia, opôs Portugal à Chéquia, equipa que tinha perdido 24-5 contra a Lituânia. O jogo começou com Portugal ao ataque e o primeiro ensaio demorou apenas 40 segundos a chegar (João Vaz Antunes com um excelente break). Os Lobos queriam resolver a questão do vencedor cedo e continuaram a atacar. Num ensaio em que a oval atravessou o campo todo, José Paiva dos Santos foi mais forte que dois contrários e marcou na ala esquerda do ataque nacional.

O jogo era de sentido único e até ao intervalo ainda houve tempo para mais dois ensaios, desta feita através de Manuel Marta e Diogo Rodrigues. 28-0 ao descanso e Portugal dominava a seu bel-prazer. Frederico Sousa aproveitou para dar minutos a novos jogadores e foi Vasco Correia com um excelente ensaio onde se livrou de três defensores a marcar o quinto ensaio luso. Um minuto mais tarde, foi a vez de Manuel Fati se estrear a marcar com a camisola portuguesa. Com 42-0 no marcador, Portugal desacelerou e permitiu que a Chéquia marcasse o seu ensaio de honra, com menos de dois minutos para jogar. Até ao fim, ainda tempo para Vasco Correia bisar (ensaio convertido) e estabelecer o resultado final nuns esclarecedores 49-5.

No final do primeiro dia, Portugal tinha garantido a passagem aos quartos de final e iria decidir a vitória na Pool contra a Espanha, que também tinha vencido os seus dois jogos.

Portugal v Espanha

Sabia-se à partida que este seria o jogo mais difícil da fase de grupos e assim foi. Os primeiros minutos foram de grande intensidade com Portugal a tentar controlar as operações. Após uma jogada de insistência do ataque luso com bastantes offloads, foi o João Rosa a cruzar a linha de ensaio. Conversão acertada e Portugal tomava a liderança no marcador. Espanha tentou responder de imadiato mas os Lobos defendiam muito bem e não davam espaço ao ataque dos Leones. No entanto, após várias fases, Espanha marcou o seu primeiro ensaio: 7-7 no marcador com um minuto por jogar na primeira metade do encontro. Já com o relógio no vermelho, foi José Paiva dos Santos a desbloquear o marcador com um grande ensaio no lado direito do ataque lusitano. Ensaio não convertido e ao intervalo Portugal vencia 12-7.

A segunda parte começou como a primeira tinha terminado: ensaio de José Paiva dos Santos (grande torneio do ponta do Belenenses) e Portugal aumentava a vantagem para 17-7. No entanto, ainda faltavam jogar mais de cinco minutos e o pior estava para vir. Mais uma vez, a linha defensiva portuguesa aguentou até faltarem jogar apenas 90 segundos, altura em que Espanha marcou o seu segundo ensaio. Conversão falhada e 17-12 no marcador. O jogo subiu (se é que isso fosse possível) de intensidade e foi já com o relógio no vermelho que Espanha marcou o seu terceiro ensaio da partida. Conversão efectuada, primeira derrota na prova para Portugal e segundo lugar na Pool A.

Portugal v Irlanda

Os quartos de final, traziam assim a poderosa seleção da Irlanda. Os comandados de James Topping entraram muito fortes na partida, não deixando Portugal respirar e marcaram o seu primeiro ensaio com dois minutos jogados. Portugal respondeu dois minutos volvidos após um grande esforço individual de Diogo Rodrigues que marcou na ala direita depois de um sprint de 70m. A Irlanda voltaria a marcar com 40 segundos para jogar e repetiria a dose já com o relógio no vermelho. Ao intervalo 5-19, uma desvantagem demasiado penalizadora para Portugal.

A segunda metade teve um início bastante equilibrado e foi Portugal que marcou com três minutos jogados. Conversão falhada e 10-19 no marcador. Portugal tentava atacar e encurtar distâncias mas foi a Irlanda que voltou a marcar aos seis minutos da segunda parte. Mais uma vez com o relógio no vermelho, Portugal voltou a conceder um ensaio que estabeleceu o resultado final: Portugal 10, Irlanda 29.

Portugal v Alemanha

Com a derrota averbada contra a Irlanda, Portugal iria competir pelo quinto lugar na etapa. O primeiro adversário nessa caminhada seria a equipa da Alemanha, equipa treinada pelo Português António Aguilar.

Portugal entrou no jogo a atacar mas sem conseguir quebrar a defensiva teutónica. Com dois minutos jogados, foram mesmo os alemães a marcar, após um bom offload ofensivo. Para piorar a situação, Portugal concederia outro ensaio dois minutos mais tarde colocando o marcador em 0-12. Portugal tinha mais posse mas não conseguia materializar esse domínio em pontos. Foi preciso esperar até aos seis minutos de jogo para que Portugal marcasse: Manuel Marta com uma arrancada espectacular, livrou-se de três adversários e marcou sem oposição. Ensaio convertido e ao intervalo Portugal estava em desvantagem: 7-12.

A segunda parte começou praticamente com um ensaio de João Vaz Antunes que, com uma linha espectacular, marcou debaixo dos postes. Conversão efectuada e Portugal estava em vantagem pela primeira vez na partida. No entanto, a Alemanha não baixava os braços e voltaria a marcar. Com quatro minutos jogados, o marcador mostrava Portugal 14, Alemanha 19. Já com alguns novos jogadores em campo foi um velho conhecido que marcou por Portugal: José Paiva dos Santos com mais um sprint de 60m foi demasiado rápido para todos os contrários e empatava a partida a 19. Ensaio convertido e Portugal voltava a estar em vantagem (21-19), situação que já não se alteraria até ao final da partida.

Portugal v Espanha (5º e 6º lugar)

No último jogo do torneio, Portugal voltaria a encontrar a equipa Espanhola, desta feita o obstáculo final para o quinto lugar no torneio.

Os primeiros dois minutos de jogo foram muito físicos, com ataques de parter a parte mas com a oval a permanecer na metade espanhola. Esse domínio territorial deu frutos quando Diogo Sarmento marcou o primeiro ensaio lusitano, à passagem do segundo minuto de jogo (5-0). Portugal continuava a comandar o jogo e Diogo Rodrigues marcou o segundo ensaio da partida após uma boa arrancada ainda antes dos 22 espanhóis (12-0). Espanha reagiu à desvantagem e marcaria no último lance da primeira parte. Ao intervalo, Portugal liderava por 12-7.

Portugal voltou a entrar mandão na partida e marcaria aos dois minutos da segunda parte através de Frederico Couto (17-7). Espanha não baixava os braços e marcaria imediatamente depois, reduzindo a vantagem para 17-12. Até ao final da partida, Portugal não deixou a Espanha jogar e conseguiu assim “vingar” a derrota da fase de grupos.  

Quinto lugar nesta primeira etapa, bom rugby no campo e uma excelente preparação para os Jogos Europeus (24 e 27 de Junho) que poderão garantir um lugar para os Jogos Olímpicos de Paris.

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