Portugal participou neste Sábado e Domingo (25 e 26 de Junho) na etapa de Lisboa do Men’s 7s Championship 2022. Os Lusos não foram além do 6º lugar num evento arrecadado pela selecção da Alemanha.
Artigo escrito por: Ricardo Camarinha
Distribuição de equipas
A equipa nacional estava inserida na Pool A, juntamente com as selecções da Espanha, Geórgia. Bélgica e Republica Checa. No outro grupo – Pool B – jogaram a Alemanha, Lituânia, Itália, Polónia e França.
Partida 1
Na primeira partida, Portugal defrontou a Geórgia às 10h44 locais. Portugal começou bem com o ensaio de abertura, convertido. A Geórgia tentou responder, e depois de várias fases no meio campo português não conseguiu materializar o domínio territorial em pontos. Portugal conseguiu afastar a pressão, e numa recuperação de bola, já nos descontos, fez o segundo ensaio convertido. A primeira parte acabou por terminar com 14-0 no marcador.
No segundo tempo, a partida começou repartida no meio campo, com erros das duas equipas até que o camisola 8 Georgiano ao receber um offload do seu compatriota conseguiu passar a linha de ensaio. Com 3 minutos para jogar e com o marcador em 14-7 os Georgianos continuaram o seu domínio territorial e com dois minutos para jogar, novamente Irakle Simvsive voltou a cruzar a linha de ensaio colocando o resultado em 14-12. Duas penalidades consecutivas da Geórgia concederam terreno aos portugueses, que num alinhamento curto já na metade Georgiana, criaram um desiquílibrio na linha que permitiu terceiro ensaio português. O marcador final registou 19-12 favoráveis aos Lusos.
Partida 2
No segundo jogo da competição, pelas 15h00 em Lisboa, Portugal encontrou uma atrevida Republica Checa num encontro de grande entretimento. Os Lusos foram pragmáticos e deixaram clara no campo de jogo a superioridade esperada, vencendo a partida por claros 26 – 0.
Portugal demorou apenas 50 segundos para abrir o marcador com um ensaio junto aos postes, facilmente convertido por João Antunes. Rapidamente na saída Portugal ganha uma penalidade e voltar a marcar ensaio, desta vez não convertido. O domínio territorial português manteve-se com um terceiro ensaio resultado de uma intercepção sobre a linha de ensaio. Os 19-0 a favor de Portugal mantiveram-se então até ao intervalo.
O segundo tempo nada mudou na história do jogo com o jogo disputado maioritariamente na metade checa. Portugal voltou a marcar a meio da segunda parte por intermédio de Rodrigo Freudhental, depois de fugir isolado à defesa oponente. Já perto do final a Chéquia finalmente chegou aos 22 metros de Portugal, contudo a defesa portuguesa conseguiu terminar a partida com 0 pontos sofridos.
Partida 3
No último jogo do dia, Portugal encontrou e foi derrotado pela Bélgica. A equipa visitante nesta etapa de Lisboa começou bem e esteve perto de marcar ensaio aos dois minutos de jogo, perdendo a bola já sob a linha de ensaio. Na resposta, com Portugal insistentemente nos 22 Belgas, conseguiu finalmente marcar entre os postes. Na resposta, praticamente de imediato e ao fechar da primeira parte, os Belgas igualaram o marcador a 7 pontos, fruto de um ensaio convertido.
Com cinco minutos para jogar, quando o jogo estava repartido, os Belgas conseguiram encontrar o caminho para o ensaio, liderando então com uma vantagem de 5 pontos. Os portugueses voltaram então a tentar atacar mas encontrando uma boa oposição belga, acabando por recuar no terreno e cometendo erros técnicos na sua metade.
O jogo acabou por ficar marcado por mais uma lesão séria, a segunda do torneio, causando uma interrupção de mais de 10 minutos. No reatamento, para os três minutos finais, Portugal acabou por sofrer o terceiro ensaio convertido, vendo os Belgas distanciarem-se no marcador. Apesar de ainda marcar um segundo ensaio, não convertido, Portugal acabou por perder a partida por 21-12.
Day 2
O segundo dia de acção em Lisboa começou cedo com a última ronda de grupos, numa manhã soalheira. Espanha e Alemanha lideravam os grupos respectivamente com 9 pontos, com a Bélgica, Itália e Portugal a manter aspirações por um lugar na final. Eram esperados dois grandes jogos, Espanha contra Portugal e o encontra da Alemanha com a Itália.
Partida 4
O segundo dia de competição português começou com o esperado duelo Ibérico. Portugal via-se obrigado a vencer para tentar marcar um lugar na final, com 2 pontos a separar as equipas na tabela classificativa. Os espanhóis aproximaram-se primeiro da zona de finalização e abririram o marcador aos dois minutos. Menos de dois minutos mais tarde voltaram a cruzar a linha de ensaio na mesma zona, depois de uma jogada de insistência ao longo de várias fases. O marcador encontrava-se a 10-0 e a Espanha manteve a pressão alta voltando a marcar novamente antes do final da primeira parte. Já nos descontos, na marcação rápida de uma penalidade nos 22 metros portugueses, Rodrigo Freudhental conseguiu fugir a toda a equipa espanhola e finalmente o primeiro ensaio dos Lusos. 17-5 ao intervalo numa parte quase de sentido único.
Na segunda parte a equipa das quinas começou mais atrevida com José Paiva a criar um desiquilíbrio no meio campo e a conseguir marcar entre os postes. Com a conversão Portugal aproximou-se colocando o resultado em 17-12. No pontapé de saída Portugal esteve muito perto de marcar novamente, mas no contra-ataque os espanhóis voltaram a marcar, distanciando-se novamente. Portugal não se voltaria a aproximar da zona mais ofensiva, sofrendo um ensaio final ao fechar do encontro. Ao perder 31-12, Portugal estava então fora da final.
Partida 5
Os dois terceiros classificados da fase de grupos, Portugal e França, encontraram-se para a disputa do 5º e 6º lugares da etapa de Lisboa do Rugby 7s Championship. As duas equipas com duas vitórias e duas derrotas, até então, deram um bom espectáculo no que seria o seu último jogo do fim-de-semana.
A equipa francesa começou a grande ritmo e nos primeros dois minutos marcou dois ensaios. Os portugueses tentaram responder e rapidamente marcaram um ensaio entre os postes, por intermédio de Francisco Murta. O jogo continuou dispoutado e a menos de dois minutos do intervalo of franceses voltaram a marcar, ampliando ainda a vantagem novamente para 24 -7 na primeira parte.
A segunda parte continuou a ser desafiante para a frágil defesa Lusa. Os franceses demoraram apenas um minuto a marcar novo ensaio. Portugal, modesto no ataque, conseguiu reduzir já na recta final com um ensaio de Francisco Nobre depois de um pontapé fantástico para as costas da defensiva francesa. A partida terminou pouco depois de mais um ensaio gaulês, terminado com esclarecedores 43-12 registados no placard. A equipa francesa merece ainda uma nota final que apesar de não ter alcançando altos voos no torneio, marcou 99 pontos nos últimos dois encontros.
A final
Já com o terceiro lugar atribuído à Itália, que tinha então derrotado a Bélgica por 21-14, o troféu do Rugby 7s Championship de Lisboa foi finalmente disputado entre a Espanha e a Alemanha. As duas equipas somavam quatro vitórias na fase de grupos, contudo os alemães apresentavam um registo positivo impressionante de 111 pontos contra os 82 de Espanha.
A primeira parte começou com pressão alta alemã que resultou rapidamente numa penalidade dentro dos 22 espanhóis. Depois de alguma insistência, conseguiram marcar o ensaio inaugural. Espanha respondeu então nos minutos seguintes mas com dificuldade para ultrpassar a sólida defesa Alemã. Numa recuperação de bola e depois de um pontapé inteligente a cruzar metade do campo, o então ponta alemão embalou para o segundo ensaio, convertido. Com muitos minutos jogados já nos descontos, os castelhanos conseguiram aproximar-se no marcador com um ensaio convertido. Terminou assim a primeira parte com 14-7 no marcador a favor dos alemães.
A segunda parte começou com os espanhóis fortes a quebrar a linha defensiva mas sem conseguir marcar pontos, e cometendo um erro à mão junto à linha de ensaio. A Alemanha conseguiu respirar mas a Espanha manteve o domínio territorial. Consitente na defesa, a Alemanha continuou a forçar erros dos espanhóis na sua área de 22. Nos últimos dois minutos os germânicos instalaram-se finalmente no meio campo espanhol e já perto do fim encontraram espaço nas costas da defensiva oponente para ampliar o marcador para 21-7, resultado de um ensaio convertido. Com o tempo útil esgotado, os espanhóis voltaram a atacar, mas sem sucesso.
Os alemães defenderam bem, aproveitaram as suas oportunidades e merceram arrecadar a taça em Lisboa. Parabéns aos vencedores!