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Meia-Final
Lusitanos XV

Rugby Europe Super Cup 2022 – Meia-Final

Lusitanos perdem contra os Tel-Aviv Heat por 22-30 e falham o apuramento para a final da Rugby Europe Super Cup.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do Ó

O melhor: Jogo de rugby muito entretido e físico, com as duas equipas a disputarem cada metro. Os Lusitanos apresentaram uma equipa bastante jovem (o XV inicial tinha uma média de idades de apenas 23 anos) e deu uma excelente resposta contra uma equipa dos Heat bastante mais velha e experiente. Uma boa oportunidade para estes jogadores mostrarem o seu valor e se prepararem para ser o futuro da seleção nacional.

O menos bom: O resultado não foi o desejado e impediu os Lusitanos de chegarem à segunda final consecutiva da Rugby Europe Super Cup. No campo, esta derrota deveu-se, principalmente, à disciplina da equipa Portuguesa que cometeu bastantes penalidades e deu à equipa dos Heat as oportunidades necessárias para ganharem vantagem no marcador e gerirem o jogo com alguma tranquilidade.

Melhor em campo: Do lado dos Lusitanos, Paiva dos Santos bisou na partida, Manuel Cardoso Pinto causou perigo cada vez que entrou no meio campo dos Heat e Jerónimo Portela teve uma grande exibição, comandando o ataque Português e rematando com maestria. No entanto, o prémio de melhor em campo vai para Jordan Chait. O Sul-Africano esteve quase irrepreensível a partir do tee (seis penalidades marcadas e um ensaio convertido), e marcou 20 dos 30 pontos da sua equipa.

Crédito: Luis Cabelo.

Foi numa tarde acinzentada que os Lusitanos receberam os israelitas do Heat, num jogo em que o vencedor se apurava para a final da Rugby Europe Super Cup. A franquia Portuguesa apresentou uma equipa bastante jovem onde alguns dos jogadores (Rafael Simões, Tomás Appleton, Nuno Sousa Guedes) que ajudaram os Lobos a se apurarem para o Campeonato do Mundo descansaram.

O jogo começou praticamente com uma penalidade para os Heat. Jordan Chait deu o mote para o resto da tarde e não desperdiçou a oportunidade de adiantar a equipa visitante no marcador. 0-3 com três minutos de jogo. A equipa dos Lusitanos tentou responder de imediato, mas a franquia Isrealita defendia com muita agressividade e não deixava a equipa da casa ter espaço para jogar o rugby aberto que tanto gosta.

Aos 11 minutos de jogo, os Heat ganharam uma penalidade na linha de 22 da equipa Portuguesa e Chait dobrou a vantagem no marcador. Cinco minutos mais tarde, o primeiro ensaio da partida: penalidade ganha pelos Heat, pontapé para o canto, alinhamento ganho e ensaio através de maul. Desta vez, Chait falhou o pontapé e o marcador ficou em 0-11.

Crédito: Luis Cabelo.

Foi preciso esperar até aos 21 minutos para ver os Lusitanos terem o primeiro ataque digno desse nome. Manuel Cardoso Pinto descobriu espaço na apertada defesa isrealita e os Lusitanos ganharam uma penalidade dentro dos 22 ofensivos. Jerónimo Portela não desperdiçou a oportunidade e reduziu a desvantagem para 3-11.

Estes pontos pareceram acordar os Lusitanos e marcaram o seu primeiro ensaio dez minutos mais tarde. Oval recuperada num alinhamento falhado por parte dos Heat, Duarte Torgal e João Granate com um excelente trabalho a ganhar vários metros até que José Paiva dos Santos recebeu a bola na ala direita e cruzou, apesar da oposição de dois contrários. Ensaio convertido e os 10-11 no marcador permaneceram inalterados até que as duas equipas foram para o intervalo.

Na segunda parte os Lusitanos pareceram querer entrar a dominar e durante os primeiros cinco minutos jogaram dentro da metade isrealita. No entanto, foram os Heat que voltaram a marcar. Depois de uma penalidade falhada aos 45 minutos, Chait não desperdiçou a oportunidade e marcou uma penalidade a cerca de 50 metros dos postes (10-14). Dez minutos depois, ensaio dos Heat: scrum ganho numa posição central, oval a chegar à asa direita e ensaio marcado no canto (10-21).

Crédito: Luis Cabelo.

Aos 58 minutos foi a vez dos Lusitanos marcarem outro ensaio. Alinhamento ganho com a oval a atravessar todo o campo, Domingos Cabral tira dois defesas do caminho antes de entregar a Manuel Cardoso Pinto que marca. Jerónimo Portela falhou a conversão e o marcador passava para 15-21.

Três minutos volvidos e os Heat beneficiaram de outra penalidade que Chait não desperdiçou e colocou o marcador em 15-24. Aos 63 minutos, a equipa visitante viu um cartão amarelo e os fãs que se deslocaram ao Jamor pensavam que ia ser a reviravolta no marcador. No entanto, quatro minutos mais tarde, os Heat ganharam uma penalidade no scrum e aumentaram a vantagem para 15-27.

Aos 75 minutos, foi a vez de Duarte Diniz ver um cartão amarelo e, com ele, mais uma penalidade para a bota direita de Chait (15-30). Com o jogo já resolvido, José Paiva dos Santos bisou no encontro. Alinhamento de Frederico Simões, que roda na maul e faz um passe interior genial para o ponta lusitano (22-30).

Uma pena para a franquia Portuguesa que falha a final da edição deste ano da Rugby Europe Super Cup mas que deixa bons sinais para esta geração de jovens jogadores Portugueses. 

Crédito: Luis Cabelo.
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