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Ronda 4: Iberians
Lusitanos XV

Rugby Europe Super Cup 2022 – Quarta Ronda

Lusitanos sofrem a primeira derrota de sempre na fase de grupos da Rugby Europe Super Cup.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do Ó

O melhor:

– Um jogo de rugby cheio de emoção, em que o resultado final esteve em aberto até ao apito final.

– Os ensaios dos Lusitanos foram excelentes, plenos de velocidade e técnica, à semelhança do que esta equipa nos habituou em jogos anteriores.  

O menos bom:

– No jogo da primeira volta, em Valladolid, escrevemos que os Lusitanos tinham cometido bastantes erros mas que, por sorte, os Iberians não tinham aproveitado. Desta vez, não foi o caso. Enquanto que a nível defensivo a equipa esteve bem, a manobra ofensiva pareceu um pouco precipitada, e os jogadores pareciam querer fazer tudo ao mesmo tempo.

– Outro aspecto, e talvez mais preocupante que os erros cometidos, foi a falta de um plano B a nível ofensivo. Os Lusitanos tentaram vezes e vezes sem conta tentar a sair jogar com a bola na mão a partir de todas as zonas do campo mas os Iberians tinham a lição bem estudada e conseguiam travar com alguma facilidade (com pressão alta em alguns jogadores-chave) essas saídas. No entanto, a equipa continuou a insistir nesse tipo de rugby, revelando poucas alternativas nesse capítulo.

Melhor em campo: Do lado Português, e à semelhança do jogo em Espanha, a terceira linha (desta feita com Granate-Wallis-Simões), exibiu-se em grande nível, ganhando bastantes turnovers e deixando tudo em campo. Nuno Sousa Guedes, fez um grande jogo, marcando um ensaio, assistindo para outro e causando problemas atrás de problemas para a defensiva dos Iberians. No entanto, o melhor em campo foi Siosiua Moala. O neo-zelandês foi de novo o motor ofensivo da sua equipa, levando o jogo para a frente, ganhando metro atrás de metro em campo. Para completar uma grande exibição, marcou ainda o terceiro ensaio dos Iberians que deu a vitória à sua equipa.

Crédito: Miguel Rodrigues

Quem acompanha os Lusitanos regularmente, já sabia que esta partida ia ser muito equilibrada e decidida em pequenos pormenores. Em Valladolid, os Lusitanos veceram por apenas dois pontos (20-22) e a equipa dos Iberians entrou decidida a tentar mudar o histórico do confronto entre estas duas equipas (os Lusitanos tinham vencido as últimas três partidas).

Com menos de dois minutos de jogo, John Bell correu cerca de 40m com a oval antes de entregar no capitão Casteglioni que marcou o primeiro ensaio da partida (0-5).

Este ensaio deu o toque de saída para 25 minutos frenéticos. Constante trocas de posse, com os Lusitanos a tentarem responder de imediato. Aos 6 minutos de jogo, a equipa Portuguesa teve uma grande jogada (através de uma arrancada de Manuel Cardoso Pinto), repleta de offloads e que culminou com uma penalidade ganha dentro dos 22 da equipa visitante e um cartão amarelo para Valentin Bustos. Bola para o canto, alinhamento ganho, mas um knock-on gorou as possibilidades de ensaio para os Lusitanos.

Aproveitando o facto dos Iberians estaram reduzidos a 14, os Lusitanos continuaram a pressionar com mais intensidade, acabando por marcar aos 15 minutos de jogo: alinhamento ganho dentro do meio-campo espanhol com a bola a cirular rapidamente pelos ¾ Portugueses até chegar a Nuno Sousa Guedes na ala esquerda. O Defesa Português correu 40 metros, tirou dois defesas do caminho e marcou no canto. Ensaio convertido e 7-5 para a equipa da casa.

Crédito: Miguel Rodrigues

 

No entanto, a resposta dos Iberians demorou apenas dois minutos a chegar: Lusitanos a tentarem sair a jogar dentro dos seus 22 mas a perderem a oval (excelente pressão por parte da linha espanhola) e ensaio (7-12). E os Lusitanos? Pontapé de saída, bola para Sousa Guedes, mais 50 metros percorridos antes de passar para Manuel Cardoso Pinto que marcou. Ensaio não convertido, e empate a 12 no marcador.

Os restantes 15 minutos da primeira parte foram mais calmos, sem grandes ocorrências e ao intervalo as duas equipas estavam empatadas, com tudo para jogar na segunda parte.

Os Iberians começaram a segunda parte a atacar e ganharam uma penalidade a 40m dos postes. No entanto, o internacional Argentino Tomás Carrio não estava com a pontaria afinada e falhou o pontapé.

Crédito: Miguel Rodrigues

O jogo tinha continuava bastante aguerrido, com constantes trocas de posse mas os Lusitanos estavam com dificuldade em sair a jogar, devido à constante pressão da defesa espanhola. Aos 56 minutos, os Iberians ganharam outra penalidade, desta vez na linha de 22 Portuguesa, mas Carrio falhou novamente.

No entanto, quatro minutos mais tarde, não perdoaram: alinhamento ganho, uma driving maul imparável e ensaio marcado atravé de Moala. 12-17 no marcador, com 20 minutos para jogar.

Até ao final da partida, os Lusitanos atacaram quase constantemente e tiveram muito próximos de marcar mas havia sempre um passe, um carry ou uma decisão que não eram executados da melhor maneira e o resultado não sofreu alterações até ao final.

Crédito: Miguel Rodrigues

Apesar da derrota, os Lusitanos continuam no topo da Conferência Oeste (melhor diferença de pontos) e estão quase apurados para as meias-finais. O próximo jogo é já dia 22 de Outubro, em Bruxelas, contra os Devils.  

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