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Ronda 6: Delta
Lusitanos XV

Rugby Europe Super Cup 2022 – Sexta Ronda

Lusitanos vencem (e convencem) contra os neerlandeses do Delta e asseguraram a vitória na Conferência Oeste nesta edição da Rugby Europe Super Cup.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do Ó

O melhor:

– Um excelente jogo de rugby, muito entretido onde a equipa do Delta, apesar da diferença de pontos no marcador, nunca baixou os braços.

– 3 estreias nos Lusitanos: António Maltez, Fábio Conceição e Francisco Galveias – um excelente sinal para o rugby Português que tem sabido utilizar esta franquia da melhor maneira, dando oportunidades a jogadores que, mais cedo ou mais tarde, vão alimentar a seleção nacional.

O menos bom:

– Duarte Diniz saiu lesionado com apenas 10 minutos de jogo. Com apenas uma semana até ao início do torneio de qualificação para o Campeonato do Mundo, qualquer lesão pode ser bastante problemática. Esperemos que não seja nada de grave.

– Os Lusitanos tiveram algumas dificuldades nas formações ordenadas, concedendo várias penalidades. Apesar da equipa do Delta não ter conseguido aproveitar como devia, é um ponto que tem que ser emendado, especialmente com as meias-finais no horizonte. As equipas da Conferência Este são bastantes forte neste aspecto e foi assim que os Lusitanos perderam a final contra os Georgianos do Black Lion: penalidade no scrum-pontapé para o canto-alinhamento-maul-ensaio. A rever.

Melhor em campo: Os Lusitanos tiveram vários jogadores que se exibiram num nível muito alto: Xavier Cerejo marcou dois ensaios e esteve activo, quer no breakdown, quer a levar a equipa para a frente. Boaventura Almeida deixou também excelentes indicações, sendo um jogador quase impossível de derrubar, ganhando vários metros mesmo depois de ter sido placado. Frederico Simões jogou 70 minutos, marcou um excelente ensaio e esteve bastante regular nas introduções em campo. Domingos Cabral foi uma constante dor de cabeça para a defesa neerlandesa e Jerónimo Portela, para além de ter estado bastante bem nas conversões, fez jogar e criou várias oportunidades.

No entanto, o prémio de melhor em campo vai para Pedro Lucas. O número 9 foi um autêntico maestro na partida, gerindo o ritmo de jogo a seu bel-prazer, variando bolas muito rápidas a partir do ruck, com passes mais pausados para que a equipa se pudesse organizar. Marcou um (grande) ensaio, criou outros e comandou o ataque dos Lusitanos com maestria durante toda a partida. Excelentes notícias para os Lusitanos e para os Lobos.

Pedro Lucas, o melhor em campo. Crédito: Luis Cabelo.

Sexta-feira à noite, luzes ligadas, primeiro minuto de jogo e primeiro ensaio para os Lusitanos: Martim Belo a ganhar território, oval para Boaventura Almeida, offload para Pedro Lucas, bola bem aberta na asa direita para Xavier Cerejo e ensaio.

Boa noite e bem-vindos a mais um jogo dos Lusitanos.

Foi assim que tudo começou no Jamor aquele que foi o último jogo dos Lusitanos na fase de grupos da Rugby Europe Super Cup 2022/2023.

Do outro lado, uma bastante aguerrida equipa do Delta que nunca deu o jogo por perdido. Depois do balde de água inicial, os Neerlandeses tomaram conta do jogo e, com 5 minutos de jogo, depois uma penalidade ganha na formação ordenada e de muitas fases, Max Wierda, de pick and go cruzou a linha de ensaio para os visitantes. Ensaio não convertido, 7-5 no marcador e tudo em aberto.

Foi, de resto, esta a toada dos primeiros 20 minutos da partida: constantes trocas de posse, penalidades de ambos os lados (sem que nenhuma das equipas conseguisse aproveitar para marcar) e, talvez, a pior notícia da noite com Duarte Diniz a sair lesionado com apenas 10 minutos jogados.

Já com um novo talonador em campo (Frederico Simões), os Lusitanos ganham o alinhamento e António Prim quase marca mas fica curto o esforço do pilar. Pedro Lucas abre na direita onde está Fábio Conceição: bola no estreante que se livra de um contrário e marca o seu primeiro ensaio pelos Lusitanos. Jerónimo Portela converte e a franquia Portuguesa aumenta a vantagem para 14-5.

Crédito: Luis Cabelo.

O jogo continuava bem vivo e a equipa dos Lusitanos continuava a cometer bastantes penalidades. A táctica do Delta era fácil de ver: remate para o canto, alinhamento e maul. No entanto, apesar de continuarem a cometerem estes erros, os Lusitanos defendiam muito bem e nenhuma dessas situações se transformou em pontos para a equipa visitante.

Aos 37 minutos, o melhor ensaio da noite: Domingos Cabral corre cerca de 40m no campo, completamente destruindo a defesa Neerlandesa, coloca a bola em Portela que numa fração de segundo entrega a Pedro Lucas. O Formação corre 15m e marca sem oposição. 21-5 no marcador e um excelente final de primeira parte no Jamor.

A segunda parte começou com a equipa do Delta e tentar dar a volta ao marcador e podia ter reduzido a distância no marcador. Após (mais) um maul, os visitantes cruzaram a linha de ensaio mas o árbitro da partida considerou que a oval não chegou a tocar o solo. Depois de ver a repetição, pareceu-nos um equívoco e a equipa do Delta merecia ter marcado aquele ensaio.

No entanto, quem não marca, sofre e foi isso mesmo que aconteceu: aos 52 minutos de jogo, depois de muitas fases, a oval chega de novo a Xavier Cerejo que tira dois defesas do caminho e marca o seu segundo da conta pessoal (28-5).

Crédito: Luis Cabelo.

O Delta continuava a querer mostrar serviço e marcou o seu segundo ensaio aos 58 minutos, através de mais um maul dinâmico. No entanto, foi um ensaio agridoce, visto que Noels Roelfsema viu o cartão amarelo depois de carregar Jerónimo Portela depois da bola ter tocado no solo. Atitude feia do número 4 neerlandês que deixou a sua equipa temporariamente reduzida a 14.

Aproveitando a vantagem em campo, os Lusitanos marcaram novamente, desta feita através de Frederico Simões: oval a percorrer todo o campo, Pedro Lucas a imprimir um ritmo alto no ataque Português até que o jovem talonador correu cerca de 10m e marcou (35-10).

A partir deste momento, houve algum desnorte por parte da equipa visitante, com mais um cartão amarelo para os seus jogadores, bem como um vermelho (duplo amarelo para Roelfsema) e consequente penalty try, tudo no espaço de 2 minutos.

Com o marcador em 42-10, ainda houve tempo para Jerónimo Portela coroar uma excelente exibição com um ensaio, depois de uma grande assistência ao pé de Domingos Cabral.

Resultado final de 47-10 e visto que os Iberians venceram por apenas 29-10, primeiro lugar assegurado. Nas meias-finais, é bastante provável que haja uma repetição do ano passado, com os Lusitanos a receberem o Tel-Aviv Heat enquanto que os Iberians se vão deslocar à Geórgia para defrontar os campeões em título, Black Lion.

Divisão de Honra
Terceira Jornada