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Jogos Europeus
7s Masculino

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Portugal terminou os Jogos Europeus (Cracóvia) no quarto lugar e não conseguiu o apuramento para os Jogos Olímpicos.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do O

Portugal estava inserido no grupo C, juntamente com as seleções da Grã-Bretanha, Lituânia, e Roménia. Os Lobos vinham de uma boa prestação na primeira etapa (Algarve) do Rugby Europe Championship (REC) onde terminaram no quinto lugar. Estes Jogos Euiropeus tinham a particularidade de dar acesso aos Jogos Olímpicos de Paris (2024): os vencedores teriam entrada directa enquanto que os segundos e terceiros classificados ficariam com acesso ao torneio olímpico de repescagem.

Fase de Grupos

Portugal v Lituânia

O primeiro jogo da fase de grupos opôs Portugal à Lituânia, seleção que os Lobos tinham vencido na primeira etapa do REC por 29-0. No entanto, o jogo começou praticamente com um ensaio sofrido resultante de uma falha defensiva dos Lobos (0-7 aos 40 segundos). A Lituânia continuou por cima no jogo e ia marcando novamente no minuto seguinte. No entanto, foi Portugal que conseguiu responder: Rodrigo Freudenthal com uma grande placagem impediu o ensaio e foi José Paiva dos Santos que marcou na ala direita (7-7).

A Lituânia não desmoralizou e passou de novo para a frente do marcador após várias fases dentro da metade lusa (7-12). No entanto, a resposta dos Lobos não se fez esperar e foi o capitão Rodrigo Freudenthal que marcou o segundo ensaio luso. Manuel Marta converteu o ensaio e colocou os Lobos na frente com 5 segundos por jogar. Já com o relógio no vermelho, foi Portugal que passou para a frente do marcador através de Manuel Marta (19-12 ao intervalo). 

A segunda parte começou praticamente com um cartão amarelo para a Lituânia, o que facilitou a tarefa de Portugal. Manuel Marta marcou por mais duas vezes, colocando o marcador em 31-12 e, já com o relógio no vermelho, Frederico Couto marcou o último ensaio da partida. Manuel Vareiro converteu e colocou o marcador nos finais 38-12.

Crédito: Francisco Paraiso/COP.

Portugal v Roménia

A seleção da Roménia tinha perdido a primeira partida contra a Grã-Bretanha e tinha que vencer para manter acesas as esperanças de passar aos quartos de final. No entanto, apenas com 30 segundos de jogo viu um cartão amarelo e tornou quase impossível uma tarefa já difícil. Na sequência da jogada, Manuel Marta com um excelente jogo de pés tirou quatro (!) adversários do caminho e marcou o primeiro ensaio da partida. Um minuto mais tarde, Frederico Couto marcou o seu primeiro ensaio da partida e viria a bisar com 2.20mins para jogar.

Foi preciso esperar até ao último minuto da primeira parte para ver o primeiro ataque romeno que acabou com… mais um ensaio de Portugal. Rodrigo Freudenthal a sair muito bem ao pé e Manuel Marta a marcar entre os postes.

Na segunda parte, Portugal desacelerou o ritmo do jogo mas voltaria a marcar com quatro minutos para jogar, por intermédio de João Afra Rosa. Até ao fim, tempo para o ensaio de “honra” romeno, bem como mais dois ensaios lusos, establecendo o resultado final em 45-7.

Com esta vitória, Portugal assegurava a passagem aos quartos de final e iria disputar o primeiro lugar do grupo no dia seguinte contra a Grã-Bretanha (que também já tinha a passagem assegurada).

Crédito: Francisco Paraiso/COP.

Portugal v Grã-Bretanha

Naquele que foi o primeiro jogo de Portugal no segundo dia da competição, foi a equipa da Grã-Bretanha a começar com mais bola. No entanto, a equipa lusitana defendia bem e não deixava o adversário sair da sua metade. A resistência nacional durou cerca de três minutos onde, na sequência de um scrum, boa linha do ataque britânico e ensaio entre os postes (0-7).

A resposta portuguesa não se fez esperar: na primeira vez em que Portugal teve a oval nas mãos, excelente break de Frederico Couto e José Paiva dos Santos a marcar na ala direita (5-7).

Daí para a frente, quase que só deu Grã-Bretanha que marcaria por mais duas vezes antes do intervalo (5-19). Portugal parecia also ansioso, cometendo alguns erros incaracterísticos, bastande custosos contra uma excelente equipa. Até ao final da partida, mais dois ensaios concedidos colocaram o resultado final em 5 para Portugal, 31 para a Grã-Bretanha.

Crédito: Francisco Paraiso/COP.

Portugal v Geórgia (Quartos de final)

O jogo mais importante do dia para as aspirações lusas, opôs os Lobos à seleção da Geórgia. O vencedor passaria para as meias-finais e ficava a uma vitória de conseguir, pelo menos, um lugar no torneio de repescagem olímpico.

Foi um jogo quase perfeito de Portugal: ensaio marcado na sequência do pontapé de saída (João Vaz Antunes), ensaio marcado no pontapé de reatamento (Frederico Couto) e 14-0 com cerca de um minuto jogado. A partir daí, o ritmo acalmou e foi preciso esperar até aos cinco minutos da primeira parte para que Portugal marcasse de novo: Rodrigo Freudenthal com um excelente grubber e Manuel Marta a marcar sem oposição.

Portugal controlava todas as operações e teve a facilidade quando um dos adversários viu um cartão amarelo aos seis minutos da primeira parte. Ainda antes do intervalo, novo ensaio luso e portugal ia para o descanso a vencer por 26-0.

Devido à vantagem conseguida, a segunda parte não teve grande história. Um ensaio para cada lado, com Portugal a gerir o jogo e a equipa, já com a cabeça no terceiro e último dia da competição. Resultado final, 31-5.

Crédito: Francisco Paraiso/COP.

Portugal v Irlanda (Meias finais)

A Irlanda era favorita para a partida e entrou no jogo a querer demonstrar esse estatuto. No entanto, Portugal defendia bem e não dava espaços. Com três minutos para jogar na primeira parte, Portugal não consegue ganhar um alinhamento ofensivo e é a seleção irlandesa que marca o primeiro ensaio da partida (0-7). Os jogadores irlandeses eram muito fortes nos rucks, causando muitas dificuldades a Portugal. Antes do intervalo, depois de desposicionar a linha lusitana numa dessas situações, a Irlanda voltaria a marcar, colocando o marcador em 0-14 ao intervalo.

Em vantagem, os Lobos tentavam marcar mas acabariam por conceder um terceiro ensaio com cerca de cinco minutos para jogar. Até ao fim, ainda tempo para um cartão amarelo para José Paiva dos Santos e mais um ensaio irlandês, colocando o resultado final em 0-24.

Com esta derrota, Portugal dizia adeus à qualificação direta para os Jogos Olímpicos mas tinha ainda a oportunidade de ganhar a medalha de Bronze na competição e com ela um bilhete para o torneio de repescagem olímpico. Para tal, bastava vencer a Espanha, que tinha perdido a sua meia-final contra a Grã-Bretanha.

Crédito: Francisco Paraiso/COP.

Portugal v Espanha (Final de Bronze)

Era o jogo do tudo ou nada para ambas as seleções e isso notava-se pela maneira como o jogo começou: muito aguerrido e com ninguém a querer deixar o adversário respirar. Portugal tinha um ligeiro ascendente e jogava na metade adversária mas foi foram os Leones que marcaram, com cerca de cinco minutos para jogar (0-7). Bola de reatamento, recuperação espanhola, e mais um ensaio espanhol (0-14).

Com algum desnorte pelos dois ensaios sofridos, Portugal não era eficaz nas placagens e a Espanha, letal, não perdoou. Mais dois ensaios marcados até ao intervalo e os Lobos iam para o descanso a perder 0-28.

A segunda parte começou de novo com Portugal a atacar mas a não conseguir marcar. Como tinha acontecido no primeiro tempo, foi a seleção espanhola a marcar novamente (0-35). Com o jogo perdido, Portugal tentava chegar ao ensaio de honra mas foi a Espanha que aproveitou o balanceamento ofensivo dos Lobos e selou o resultado final em (0-42).

Com esta derrota, Portugal terminou os Jogos Europeus no quarto lugar, ficando a Espanha com a medalha de Bronze. Na final, a Irlanda derrotou a Grã-Bretanha, conquistando a medalha de ouro e um lugar nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.

Crédito: Francisco Paraiso/COP.
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