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SuperCup 2023/24
Lusitanos XV

Rugby Europe Super Cup 2023 – Terceira Ronda

Lusitanos somam a terceira derrota em três jogos e estam fora da SuperCup.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do Ó

O melhor: Foi um jogo emocionante, onde o resultado esteve em discussão até ao erro final. Os pontapés de 50:22 de Nuno Sousa Guedes mereciam uma crónica só para eles (especialmente o primeiro, a cerca de 80m de distância).

O menos bom: Por onde começar… Este foi um dos piores jogos que vimos os Lusitanos fazer, em três anos de SuperCup. Rugby confuso, desligado, e desisnpirado, onde o único plano de jogo que parecia existir era o de colocar a bola em Manuel Cardoso Pinto ou em Nuno Sousa Guedes e esperar que um dees resolvessem. O eixo 9-10 não ligou e nunca conseguiu pautar o ataque nacional de modo a aproveitar os (bastantes) erros cometidos pelos Iberians. Parecia haver uma pressa de querer fazer tudo ao mesmo tempo e que, infelizmente, acabava (quase) sempre com uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.

Melhor em campo: Nuno Sousa Guedes tentou sempre agitar o ataque dos Lusitanos e abrir espaços através de arrancadas bem dentro da metade nacional. Excelente leitura da fraca cobertura que os Iberians faziam dos seus 22 que foi eximiamente explorada através de excelentes pontapés.     

Crédito: Isabel Romero Ruiz

Os Lusitanos entravam para esta partido sabendo que uma vitória os colocaria nas meias-finais da Rugby Europe Super Cup 2023/24. Do outro lado estavam os Iberians, equipa que se encontrava numa situação semelhante.

Os Iberians mudaram o seu modelo esta temporada, decidindo convocar apenar jogadores que pudessem jogar pela seleção espanhola. Nesta partida, nenhum dos seus internacionais A estava disponível (tinham jogado contra os Estados Unidos no dia anterior) e o XV apresentado era bastante jovem, com bastantes jogadores da equipa sub-20 que tinha ganho o Rugby Europe Championship a temporada passada.

Os Lusitanos não contavam com nenhum jogador do GD Direito (já a preparar a Taça Ibérica de dia 25) mas tinha no XV inicial vários Lobos, com experiência de Campeonato do Mundo. No banco, depois da demissão de Seb Bertrank (mais sobre este episódio num futuro artigo), estava João Mirra a comandar a equipa.

O jogo começou com a equipa da casa a querer dominar a partida. A equipa dos Lusitanos defendia bem, e não deixava os Iberians ganharem metros em campo. Aos 5 minutos, Nuno Sousa Guedes fez o primeiro 50:22 da partida e mudou o sentido da partida. Os Lusitanos foram para o ataque, ganharam uma penalidade, e Jorge Abecasis anotou os primeiros três pontos do jogo.

A equipa Portuguesa continuou a atacar mas não conseguia transformar o domínio territorial em pontos (uma constante durante toda a partida). Aos 19 minutos, um passe desarcertado dos Lusitanos foi interceptado pelos Iberians que correram cerca de 40m até serem parados. Cinco fases de pick and go mais tarde e os espanhóis marcavam o primeiro ensaio da partida (7-3).

Crédito: Isabel Romero Ruiz

Cinco minutos mais tarde, novo ensaio da equipa da casa. Scrum junto à ala direita, oval a atravessar todo o campo rapidamente e ensaio junto à ala esquerda (12-3).

Este ensaio pareceu acordar a equipa dos Lusitanos que atacavam mais. No entanto, o rugby jogado era muito atrapalhado e o melhor que conseguiram foi outra penalidade que Jorge Abecasis voltou a marcar (12-6). Daí até ao intervalo, foi mais do mesmo: Lusitanos com mais bola, mais território, mas sem conseguir ligar jogadas e não conseguir trasnformar esse domínio em pontos.

A segunda parte trouxe bastantes mudanças e com elas algumas melhorias da equipa portuguesa. José Roque e Nicolàs Griffiths trouxeram mais agressividade e acerto na placagem ao pack avançado, João Belo deu mais critério a partir do ruck e a entrada de Vasco Durão empurrou Tomás Appleton para a posição de médio de abertura o que deu outro dinamismo ao ataque nacional.  

No entanto, apesar de se jogar melhor rugby, os resultados práticos não eram substancialmente diferentes. Os Iberians continuavam a cometer bastantes penalidades mas a maul portuguesa não conseguia progredir e, em jogo aberto, o domínio territorial consitnuava a não ser traduzido em pontos.

Foram até os Iberians que voltaram a marcar através de uma penalidade aos 61 minutos (já tinham falhado duas anteriormente) e colocaram o resultado em 15-6. Foi preciso esperar até aos 77 minutos para ver um ensaio português: ataque pensado, desta feita calmamente executado e com várias fases, e Martim Bello a cruzar a linha de ensaio e a marcar por detrás dos postes.

Com o resultado em 15-13 e apenas três minutos para jogar, os Lusitanos faziam de tudo para marcar. No entanto, uma penalidade cometida permitiu aos Iberians aumentarem a vantagem para 18-13, resultado que não sofreu mais alterações até ao final.

Terceira derrota em três partidas, apenas três ensaios marcados em toda a competição, um dos jogos sem nenhum ponto marcado, treinador principal a demitir-se a meio da competição… Um Rugby Europe Super Cup para esquecer e um primeiro passo no pós-Campeonato do Mundo dado em falso. Que sirva para reflectir e melhorar.

Crédito: Isabel Romero Ruiz
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