A Selecção Nacional Feminina de 7s participou nos dias 11 e 12 de Junho na primeira etapa do Rugby Europe Trophy que teve lugar em Zagreb e conquistou a medalha de Bronze.
Portugal esteve envolvido na Pool C, juntamente com a Suécia, Noruega e Israel e no primeiro dia de competição foi chegar, ver e vencer. No primeiro jogo, a equipa nacional venceu a equipa isrealita por 39-0 (Maria João Costa, Mariana Marques (2), Daniela Correia, Vera Simões, Matilde Goes, Mariana Santos) num jogo em que a equipa Portuguesa dominou do início ao fim.
O segundo jogo opôs Portugal à sua congénere Noruegesa e a vitória sorriu, mais uma vez, às comandadas de João Moura. Desta vez, o resultado final foi 34-7. Por Portugal, marcaram Adelina Costa, Matilde Goes (2), Isabel Ozório (2), Mariana Santos (2), e Inês Spínola.
O último jogo da fase de grupos foi contra a selecção da Suécia, que viu a equipa Portuguesa vencer por esclarecedores 38-5. Desta vez, as marcadoras de serviço foram Daniela Correia, Mariana Marques (2), Cátia Almeida, Maria João Costa e Inês Spínola.
Com este resultado, Portugal apurava-se no primeiro lugar no grupo com 111 pontos marcados (apenas 12 sofridos) e marcava encontro no dia seguinte com a selecção da Geórgia, para decidir quem se qualificava para a meia-final do torneio.
A partida contra a Geórgia teve um início muito atribulado, com 2 cartões amarelos e uma lesão algo aparatosa de uma jogadadora Georgiana. Apesar disso, a selecção nacional, através de Mariana Santos, conseguiu achar um espaço na defesa contrária e marcou.
No entanto, a equipa da Geórgia empatou perto to intervalo e levou todas as decisões para a segunda parte do encontro. Esta começou com mais um ensaio de Mariana Santos e dois minutos mais tarde, a equipa contrária voltou a empatar a partida (12-12). A três minutos do final da partida, após correr metade do campo, Mariana Marques marcou o terceiro ensaio da equipa nacional com Isabel Ozório a converter e a colocar o marcador em 19-12.
Já com o relógio no 0, a equipa da Geórgia voltou a marcar, mas não conseguiu converter, empurrando Portugal para as meias-finais do torneio. Um jogo impróprio para cardíacos.
A meia final do torneio foi jogada contra a Itália e Portugal marcou o primeiro ensaio logo aos 30 segundos através de Inês Spínola. A equipa Italiana defendia com bastante agressividade e não dava a Portugal muito espaço para jogar o rugby fluido e com bastantes offloads que a selecção nacional tinha apresentado até esse jogo. Eventualmente essa pressão deu resultado e a equipa Italiana marcava aos 5 minutos de jogo.
Portugal teve duas oportunidades onde estave muito próximo de marcar mas foi preciso esperar até ao final da primeira parte para ver Inês Spínola bisar e levar as equipas para o intervalo com o marcador em 10-5 para Portugal.
A segunda-parte mostrou uma equipa Italiana com mais “pernas” e após uma jornada de bastante insistência, conseguiram o empate com dois minutos e meios para jogar. Motivadas pelo empate, a equipa Italiana continuou a pressionar e marcou mais um ensaio, carimbando assim o passaporte para a final (10-15).
No jogo de atribuição da medalha de bronze, Portugal voltou a defrontar a Suécia e, apesar do resultado não ter sido tão folgado como o da fase de grupos (10-0), foi o suficiente para assegurar o terceiro lugar e a medalha para Portugal.
O Linha de Ensaio falou com Inês Spínola sobre o torneio:
Terceiro lugar, medalha de bronze. Que balanço fazes desta etapa?
Saímos desta etapa contentes com os resultados obtidos. Penso que apesar do pouco tempo que tivemos de preparação (antes tínhamos estado envolvidas nos trabalhos do XV) conseguimos preparar-nos bem para a competição. Tínhamos como objetivo ficar nos quatro primeiros lugares e conseguimos trazer o bronze para casa, por isso o balanço que faço é positivo. Cumprimos o objetivo mas temos confiança que podemos fazer ainda melhor.
Ficou algum “amargo de boca” por não terem conseguido chegar à final num jogo em que o resultado podia ter caído para qualquer um dos lados?
Claro que sim! Tínhamos condições para conseguir ganhar o jogo contra a Itália. Foi um jogo muito equilibrado onde entrámos a marcar a nossa posição e que estava perfeitamente ao nosso alcance. Temos noção que perdemos porque falhámos em pequenos pormenores que não nos permitiram marcar mais. Criámos oportunidades de finalização mas sem eficácia. É um sentimento frustrante, mas 7s é isto, num jogo destes, até ao apito final, tudo é possível.
A nível pessoal, o que achaste do torneio?
Acho que temos uma equipa de bom nível, capaz de jogar bom rugby e penso que isso ficou provado com as exibições que tivemos. Saímos do primeiro dia contentes com os três jogos ganhos e no segundo, apesar de termos alcançado o objetivo, ambicionávamos e sabíamos que éramos capazes de mais. Temos que aprender a ser consistentes ao longo do torneio e aproveitar os momento com a bola na mão.
Que expectativas tens para a próxima etapa?
Depois da nossa prestação nesta etapa acredito que no próximo fim de semana vamos ser capazes de atingir uma classificação melhor. Terça feira voltamos a juntar para treinar em Lisboa o que nos permitirá corrigir alguns erros que fomos identificando. Depois é manter a calma com a bola nas mãos e com certeza que teremos mais sucesso.
A próxima etapa do Rugby Europe Trophy 7s joga-se nos dias 18 e 19 de Junho em Budapeste e Portugal estará na Pool C, juntamente com a Suécia, Hungria e Moldávia.