Rugby Europe Super Cup 2022 – Quinta Ronda
Os Lusitanos responderam bem ao desaire da semana passada frente aos Iberians e repetiram o resultado com que venceram os Brussels Devils no primeiro jogo entre estas equipas
Artigo escrito por: Rui Neto Fernandes
O melhor: Os Lusitanos cumpriram todos os objetivos para este jogo: vitória categórica com ponto de bónus ofensivo e sobretudo com uma diferença pontual muito grande, que poderá fazer a diferença na luta pelo primeiro lugar.
O menos bom: Num jogo de sentido único, dominado do princípio ao fim pela equipa portuguesa, não houve nenhum ponto negativo a registar.
Melhor em campo: Manuel Cardoso Pinto. Tarde muito produtiva para a linha de ¾ portuguesa com o trio Cardoso Pinto, Sousa Guedes e Paiva dos Santos em grande destaque (secundados por mais uma grande exibição de Tomás Appleton). No entanto, Manuel Cardoso Pinto foi um perigo permanente para a defesa belga, marcou 3 ensaios e esteve diretamente envolvido em mais 3, pelo que leva o destaque de MVP.
Depois de uma exibição menos conseguida na semana passada, que culminou com a derrota dos Lusitanos no CAR Jamor frente aos Iberians, a franquia portuguesa apresentou-se em Bruxelas ao mais alto nível e comprometida em alcançar um resultado que lhe permitisse permanecer no primeiro lugar da Conferência Oeste da Rugby Europe Super Cup.
O resultado final de 0-95 (curiosamente igual ao resultado obtido aquando da visita dos Devils a Lisboa) espelha bem a diferença entre as duas equipas, num jogo totalmente dominado pelos Lusitanos.
Ao contrário do que o resultado final evidencia, os Brussels Devils até entraram bem no jogo e conseguiram manter o placard inalterado até aos 15 minutos. Numa altura em que os belgas jogavam junto à linha de ensaio portuguesa, uma recuperação de bola dos jogadores lusos permitiu aos ¾ portugueses sair rapidamente a jogar e inaugurar o marcador por Manuel Cardoso Pinto.
A linha de ¾ Lusitana tive uma tarde de grande destaque, com os jogadores a saírem muitas vezes em corrida e a conseguirem quebrar quase sempre as linhas belgas, o que muito contribuiu para o avolumar do resultado.
Aos 19 minutos do jogo, um momento de infelicidade para o árbitro do encontro, o irlandês Keane Davidson, que se lesionou e teve de ser substituído pelo assistente Johnny Erskine também da Irlanda.
Aos 28 minutos, Manuel Cardoso Pinto fintou meia equipa belga para marcar o seu segundo ensaio do jogo, colocando o marcador em 0-17, e aos 32 minutos, na sequência de um alinhamento rápido marcado no meio-campo lusitano, Appleton cruza muito bem com Cardoso Pinto que assiste José Rebelo de Andrade para mais 5 pontos.
O 4º ensaio dos Lusitanos foi conseguido pelo formação Duarte Azevedo a passe de António Vidinha e numa jogada de insistência depois de mais uma grande arrancada de Cardoso Pinto, Nuno Sousa Guedes colocou o resultado em 0-36. Antes do intervalo ainda tempo para mais um ensaio lusitano marcado por Xavier Cerejo.
Os Lusitanos chegaram ao intervalo com o marcador em 0-43 mas sabiam que para além da vitória bonificada necessitavam de marcar o maior número de pontos possíveis para um provável desempate com os Iberians na luta pelo primeiro lugar da Conferência e voltaram para a segunda parte sem tirar o pé do acelerador.
José Rebelo de Andrade fez o segundo da conta pessoal após uma quebra de linha de Paiva dos Santos e assistência (mais uma) do capitão Tomás Appleton. Aos 48 minutos foi a vez de José Paiva dos Santos entrar para a lista de marcadores ana sequência de um alinhamento na esquerda, com a oval a atravessar o campo onde apareceu o ponta direito lusitano a faturar.
O jogo estava completamente dominado pelos Lusitanos e os Devils praticamente não tocavam na bola, nesta fase. As poucas jogadas que a equipa belga ainda ensaiava eram pelos seus avançados, mas os frequentes alívios para as costas da defesa portuguesa permitiam aos ¾ portugueses entrar em corrida e criar sempre muito perigo.
Tomás Appleton fez o 9º ensaio luso as 54 minutos e Manuel Cardoso Pinto o 4º da conta pessoal 2 minutos depois. Aos 60 minutos o então entrado Vasco Ribeiro marcou o 11º ensaio a passe de João Belo, que tinha também entrado para médio de formação. O mesmo número 9 português concluiu uma jogada aos 64 minutos para colocar o marcador em 0-79: abertura ao pé de Manuel Cardoso Pinto, com a oval a ser captada por José Paiva dos Santos que quase a pisar a linha lateral faz um off-load in extremis para João Belo faturar.
Vasco Ribeiro e Rafael Simões marcaram aos 67 e 73 minutos os últimos ensaios dos Lusitanos que terminaram o jogo com o resultado de 0-95.
Na próxima e última jornada da fase de grupos os Lusitanos defrontam em casa os neerlandeses do Delta mas a vitória expressiva obtida em Bruxelas coloca a equipa portuguesa com excelentes perspetivas de garantir o primeiro lugar.