Rugby Europe Super Cup 2023 – Quarta Ronda

Lusitanos conseguiram a primeira vitória na competição (8-53).

Artigo escrito por: Nuno Madeira do Ó

O melhor: Os Lusitanos conseguiram, na segunda parte do jogo, mostrar a qualidade do rugby que tinha até agora faltado na sua prestação na edição deste ano da Rugby Europe Super Cup. Rugby jogado em velocidade, muito bom tecnicamente e que colocou constantes dificuldades à defesa neerlandesa. Foi também muito bom de ver a qualidade que os jogadores que entraram do banco trouxeram à equipa.

O menos bom: os primeiros vinte minutos da partida foram muito pobres. Talvez devido às temperaturas negativas que se fizeram sentir, jogou-se rugby aos repelões, com bastantes erros (e penalidades) de parte a parte que não foram aproveitados.

Melhor em campo: Foram vários os jogadores em destaque na partida. Nos avançados, David Wallis fez uma excelente partida, sendo dominante no plano defensivo e perigoso no ataque. Vasco Durão marcou os dois primeiros ensaios nacionais e causava bastantes calafrios qundo tinha a oval em sua posse e Nuno Sousa Guedes teve bastantes pormenores de grande qualidade que resultaram em ensaios. No entanto o nosso maior destaque vai para Rodrigo Freudenthal. Desde o início, teve sempre a preocupação de esticar o ataque nacional. O primeiro ensaio é criado após uma arrancada sua, assite para o segundo da partida, e marcou o terceiro ensaio dos Lusitanos a coroar uma excelente exibição.

O jogo começou lento, trapalhão, arrepiado às temperaturas negativas que se faziam sentir em Amesterdão. A equipa da casa tentou entrar mandona e os primeiros 10 minutos da partida foram jogados na metade Lusitana. Uma penalidade cometida no breakdown deu a oportunidade para a equipa do Delta (3-0).

Estando atrás no marcador, os Lusitanos partiram para o ataque, ganhando várias penalidades na metade ofensiva neerlandesa. Os alinhamentos estavam acertados mas a equipa do Delta defendia bem, primeiro dentro dos seus 22 e depois dentro dos seus 5m e após dez minutos de ataque continuado, os Lusitanos optaram por chutar aos postes e Jorge Abecasis empatou a partida a 3.

Os primeiros pontos dos Lusitanos trouxeram com eles o primeiro ensaio da partida, marcado por Vasco Durão. A equipa do Delta empatou quase de imediato (8-8) mas, em cima do intervalo, Vasco Durão voltou a cruzar a linha de ensaio e levou os Lusitanos para os balneários a vencer por 8-15.

A segunda parte da partida foi totalmente diferente. O equilíbrio que pautou a primeira parte desapareceu e os Lusitanos tomaram completamente conta da partida. A jogar a um ritmo mais alto, bem refrescados a partir do banco, a equipa portuguesa marcou até não poder mais.

Depois de uma primeira parte de bom nível os seis ensaios marcados (suplementados por três conversões) foram talvez demasiado pesados para a equipa da casa que pareceu ficar “sem pernas” para acompanhar o ritmo de jogo dos Lusitanos.

Uma boa exibição da equipa nacional que, apesar de ter enfrentado um adversário de um calibre inferiror dos anteriores, conseguiu jogar o rugby que é a sua imagem de marca e que encantou adeptos pela Europa fora.