Portugal foi até Gdynia para defrontar e bater a Polónia (3-65) num jogo a contar para a segunda jornada do Rugby Europe Championship.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do Ó

O melhor: Depois dos dez minutos iniciais, Portugal arrancou para uma exibição de bom nível frente a uma seleção Polaca que ainda se está a habituar ao andamento do Rugby Europe Championship. No entanto, o Estádio Narodowy estava quase cheio, propocionando um excelente ambiente de apoio às duas equipas. Para além disso, havia uma boa infrastrutura de apoio com comida, bebida, e merchandise, dando um outro colorido ao encontro.

O menos bom: Apesar de ter marcado logo aos dois minutos, Portugal não esteve a um bom nível nos primeiros 10-15 minutos da partida. Talvez devido ao vento frio e à chuva que se fazia sentir, Portugal comteu erros não forçados e deixou alguns pontos por marcar.

Melhor em campo: Este foi porventura, o jogo onde nos foi mais difícil atribuir o prémio de melhor em campo, visto que houve vários jogadores estiveram num nível bastante bom. Na primeira linha, Mike Tadjer comandou com maestria o scrum lusitano que foi dominante em toda a partida. Para além disso, marcou um ensaio e realizou um jogo de alta intensidade. Também no pack, destaque para Nicolas Martins. O camisola 7 tem vindo a crescer de jogo para jogo e começa a ser cada vez mais uma certeza nos Lobos. Boas placagens e bastantes metros ganhos de cada vez que progredia com a oval. Nos 3/4s, Simão Bento esteve muito bem no regresso ao XV inicial, abrindo bastantes espaços na defensiva contrária. Vincent Pinto e Rodrigo Marta tiveram uma excelente exibição coroada com quatro ensaios cada um. No entanto, e porque se tornou o jogador com mais ensaios de sempre pelos Lobos (25 em 28 jogos), vamos entregar esta distinção ao ponta do Dax. Com apenas 23 anos, tem tudo para estabelecer um record fenomenal com as cores nacionais.

Estádio cheio, salsichas no grelhador e muita antecipação por parte dos mais de 2,000 adeptos que se deslocaram ao Estádio Narodowy para acompanhar o primeiro jogo em casa da seleção da Polónia no Rugby Europe Championship. Apesar de estar um calor “diferente” (cerca de 5 graus acompanhados por um vento Báltico gelado), era visível a excitação por parte daqueles que não faltaram à chamada.

O jogo começou praticamente com um ensaio português: Samuel Marques, pleno de oportunidade, a marcar por debaixo dos postes. Ensaio convertido e 0-7 no com cerca de 2 minutos de jogo. A equipa da casa respondeu quase de imediato e conseguiu uma penalidade pouco depois, reduzido a desvantagem para apenas quatro pontos. Embalados pelos pontos marcados, a equipa da casa continuou a atacar, com um rugby mais físico a abrir alguns espaços na linha Portuguesa. No entanto, e equipa polaca não conseguiu materializar em pontos o domínio territorial e foi Portugal a marcar novamente. Samuel Marques muito inteligente com um rápido tap and go a ganhar bastantes metros antes de entregar a Jerónimo Portela para o segundo ensaio lusitanos.

Daí até ao final da primeira parte, quase que só deu Portugal que voltaria a marcar por Rodrigo Marta (duas vezes) e Mike Tadjer. Ao intervalo, o marcador registava 3 para a Polónia, 29 para Portugal.

Portugal voltou para a segunda parte com vontade de arrumar a questão do vencedor da partida e marcou três ensaios em cinco minutos (Vincent Pinto x2 e Rodrigo Marta no hat-trick). A equipa Polaca bem tentava mas os seus jogadores não tinham velocidde para acompanhar os 3/4s Portugueses. Para além disso, o scrum lusitano era muito dominante, o que proporcionava uma excelente plataforma ofensiva. Até ao final, mais três ensaios (Pinto x2 e mais um de Rodrigo Marta), com um deles de grande recorte técnico com Pedro Lucas (que tinha substituído Samuel Marques) com um pontapé cruzado que Vincent Pinto apanhou num ar antes de mergulhar junto à linha leteral.

No entanto, o final do jogo iria trazer algumas más notícias com Tomás Appleton (joelho) e Vincent Pinto (tornozelo) a saírem lesionados. Esperemos que não seja nada de grave e que possam estar disponíveis para o embate frente à Roménia que irá decidir o vencedor da Pool B e que equipa disputará a meia-final em casa.

Resultado final de 3-65, boa exibição Portuguesa  e a liderança compartilhada da Pool a par da Roménia.