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Antevisão da Janela Internacional
RET e REC

Janela Internacional

Estamos a poucos dias do início oficial de mais uma janela internacional e com ela os jogos das nossas seleções feminina e masculina. O Linha de Ensaio faz a antevisão do que podemos esperar nestas próximas semanas.

Artigo escrito por: Nuno Madeira do Ó

Portugal v Finlândia

4 de Fevereiro, 15H, CAR Jamor

A Seleção Feminina tem tido uma segunda vida de excelente qualidade. Depois da vitória sobre a Bélgica no seu primeiro jogo oficial, as comandadas de João Moura derrotaram a Alemanha e novamente a Bélgica (5-71). Este último jogo contou para o Rugby Europe Trophy 2022/23, competição que a equipa nacional se encontra a disputar juntamente com a Finlândia, Chéquia, Alemanha e Bélgica.

Em jeito de preparação para esta partida, as Lobas defrontaram a Suécia – equipa do Rugby Europe Championship – e, apesar da derrota (5-7), deixaram boas indicações para o que aí vem.

E o que esperar da equipa da Finlândia?

O Linha de Ensaio analisou a partida entre a Finlândia e a Alemanha (43-5) e viu uma equipa que tem como ponto forte o jogo das avançadas. A nossa análise demonstrou que 60% dos metros ganhos em campo foram através do seu pack (na maioria dos jogos, este número situa-se entre os 40 e os 50%). Para além disso, o pack da equipa finlandesa foi responsável por 66% dos carries da equipa. O destaque vai para a número 8 – Anna Soiluva – que efectuou 11 carries, totalizando 118 metros (uma impressionante média de quase 11m por carry efectuado).

Em relação às 3/4s, o destaque vai para a Abertura Jenna Koivumaki e para a Centro (12) Heidi Hennessy. A número 10 é a peça central da manobra ofensiva da equipa, correndo lateralmente de modo a abrir espaços na defesa adversária. Esses espaços são bem aproveitados pela Centro que gosta bastante de avançar no terreno de jogo (13 carries totalizando 119m).

No entanto, é uma equipa que joga muito pelos corredores centrais e parece ter alguma dificuldade nos canais mais exteriores. Se Portugal conseguir neutralizar as principais armas Finlandesas e jogar o rubgy rápido que é a sua imagem de marca, tem bastantes hipóteses de conseguir um resultado positivo e a liderança isolada antes da recepção à Chéquia, agendada para o dia 4 de Março.

A Seleção Masculina inicia a sua participação num Rugby Europe Championship de cara lavada. O modelo tradicional de seis equipas ficou para trás (olá 6 Nações?!)e no seu lugar, temos um torneio de oito equipas, divididas em duas pools. Na sua pool (B), Portugal irá defrontar as seleções da Bélgica, Polónia, e Roménia. Por seu lado, a Pool A terá em acção as equipas da Alemanha, Espanha, Países Baixos e a actual campeã em título, Geórgia.

Neste formato, as duas primeiras classificadas passam para as meias-finais onde os vencedores de cada pool defronta o segundo classificado da pool oposta antes da grande final (o torneio também terá uma final Bronze entre os dois derrotados).

Portugal inicia a sua campanha contra a Bélgica (4 de Fevereiro, 19H, CAR Jamor) e contra a Polónia (11 de Fevereiro, 16H, Gdynia) antes de receber a Roménia, no dia 19 de Fevereiro, pelas 15H.

Em ano de Campeonato do Mundo, Patrice Lagisquet aproveitou para dar descanso a alguns dos jogadores mais experientes da equipa (Francisco Fernandes, Mike Tadjer, Anthony Alves, Samuel Marques) para o jogo contra a Bélgica (e provavelmente também contra a Polónia – equipas que foram promovidas este ano do Rugby Europe Trophy) e aproveitou para chamar jogadores que actuam em Portugal e que têm estado a realizar uma excelente época, como são os casos de Nuno Peixoto (GD Direito) Duarte Azevedo e Francisco Menéres (Belenenses Rugby) bem como Domingos Cabral (Agronomia).

O adversário mais complicado desta fase de grupos será a Roménia, umas das 20 seleções que vão marcar presença em França. Nas últimas duas edições do Rugby Europe Championship, Portugal perdeu por duas vezes: 27-28 em Lisboa, quando a equipa se encontrava a vencer por 13 pontos a cinco minutos do fim e 37-27 em Bucareste, quando os Lobos venciam ao intervalo por 13-22. No entanto, ficou algum (muito) amargo de boca, já que deu a sensação de que Portugal poderia ter vencido ambas as partidas.

Com treinador novo (Andy Robinson foi substituído por Eugen Apjok), a Roménia tem como principais jogadores Ionel Melinte, Dragos Ser e os naturalizados Hinckley Vaovasa e Jason Tomane, que formam uma dupla muito forte no meio-campo da equipa Romena.

Crédito: Luis Cabelo

Se passar a fase de grupos, é provável que Portugal encontre a Espanha ou a Geórgia. Nuestros hermanos estão numa fase de transição depois do escândalo (mais um) que colocou os Leones fora do Campeonato do Mundo, com alguns jogadores experientes a abandonarem a seleção e com o treinador Santiago Santos num trabalho a “prazo”, tal como foi indicado pelo novo presidente da Federação Espanhola de Rugby.

A seleção da Geórgia (vencedora de 11 das últimas 12 edições desta competição) vai certamente utilizar este torneio para dar minutos a alguns jogadores experientes mas também para testar novas soluções, também com o Campeonato do Mundo em vista. Nos últimos encontros entre a Geórgia e Portugal, os Lobos arrancaram um empate (25-25) em Tbilisi e perderam (23-14) na janela de Verão.

Será uma boa oportunidade para mostrar o que vale antes do encontro entre as duas seleções em Toulouse (23 de Setembro), naquele será o segundo jogo de Portugal no Campeonato do Mundo.

Crédito: World Rugby

 

Portugal v Bélgica
Rugby Europe Championship 2023