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Ronda 4: Devils
Lusitanos XV

Super Cup #4 

Foi debaixo da chuva torrencial que caía em Bruxelas que a equipa dos Lusitanos XV defrontou os Brussels Devils, num jogo da quarta jornada da Rugby Europe Super Cup

Artigo escrito por: Nuno Madeira do Ó

O melhor:

  • Os últimos 20 minutos da primeira parte do encontro onde os Lusitanos marcaram três ensaios e não deixaram os Devils passar da linha de meio campo.
  • O banco nacional, que não deu hipótese nos últimos 15 minutos do encontro. Destaques para António Cerejo e Jorge Abecassis que entraram muito bem na partida. 

O menos bom:

  • Os primeiros 20 minutos do encontro. Após terem marcado aos 48 segundos, a franquia nacional jogou um rugby marcado por muitos erros e muitas faltas, deixando os Devils passar para a frente do marcador. 
  • Melhor em campo:

    Rafael Simões. Imperial nas alturas (não nos lembramos de ter perdido nenhum alinhamento), teve um jogo raçudo e cheio de carácter onde limpou tudo o que lhe apareceu à frente. Marcou aos 70 minutos o último ensaio da equipa nacional antes de sair exausto mas certamente com a sensação de dever cumprido. 

    Rafael Simões, ontem o melhor em campo. Crédito: Laurent Lefebvre

    Foi em Bruxelas, no Estadio Nelson Mandela que os Lusitanos defrontaram a equipa dos Devlis.

    Os Lusitanos entraram a ganhar, com o primeiro ensaio a ser marcado por Pedro Lucas. O médio de formação, pleno de oportunidade depois de uma maul portuguesa perto da linha de 22 dos Devils, saiu rapidíssimo por detrás da muralha lusitana e avançou sem oposição até atravessar a linha de ensaio. 

    Talvez com algum excesso de confiança pelo ensaio marcado antes do primeiro minuto, os Lusitanos começaram a jogar um rugby mais displicente, com muitas faltas cometidas e com pouco critério no passe. Foi com duas penalidades convertidas que os Devils passaram para a frente do marcador (6-5), estavam decorridos 10 minutos da partida.  

    Foi assim até ao minuto 22, quando José Santos, após uma grande maul Portuguesa e um bom trabalho de Jeronimo Portela e de Nuno Sousa Guedes, marcou o segundo ensaio junto à linha lateral e colocou o resultado em 6-10.

    A partir daí o rugby Português ficou muito mais fluido e vistoso, culminando com um terceiro ensaio (Pedro Lucas), após um excelente trabalho ofensivo com sucessivos offloads, que tornaram impossível o trabalho da defesa Belga

    Credito: Laurent Lefebvre

    O quarto ensaio, aos 37 minutos, nasceu de mais um trabalho excelente da equipa portuguesa num alinhamento em que Rafael Simões agarrou a oval nas alturas e fez a equipa progredir em maul, sendo Duarte Torgal a fazer o marcador avançar.  

    A segunda parte começou sem a chuva da primeira e com os Lusitanos por cima do encontro. Nuno Sousa Guedes, sempre elétrico, punha a defesa dos Devils em desassossego cada vez que arrancava em velocidade. 

    Foi num desses lances que os Lusitanos marcaram o seu quinto ensaio. Sousa Guedes inicia a jogada perto da linha de meio campo e depois de progredir cerca de 20 metros, pontapeia a oval numa tentativa de kick and chase que Rodrigo Marta apanha no ressalto antes de mergulhar para além da linha de ensaio.

    Credito: Laurent Lefebvre

    Por várias vezes, os Lusitanos estiveram perto de marcar em situações de rugby apoiado mas o cansaço, fruto de um terreno bastante pesado, não ajudavam a decidir melhor. Foi Rafael Simões, no limite das suas forças, a furar a linha Belga e a marcar o último ensaio Lusitano – um grande jogo do segunda linha nacional. 

    Na resposta, os Devils marcaram o seu ensaio, fixando o resultado final em 13-38, para a equipa visitante.   

    Foi a quarta vitória dos Lusitanos no mesmo número de jogos que seguem tranquilos no topo da tabela da Conferência Oeste. O proximo jogo volta a ser contra os Brussels Devils, em Lisboa (4 de Dezembro, pelas 15h). 

    Portugal v Japão
    Portugal XV